Aulas de Yoga em Rio das Ostras

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Movimento Devagar propõe equilíbrio e bom uso do tempo livre


Analisado em pesquisa da ECA, Movimento Devagar propõe equilíbrio e bom uso do tempo livre
   
Paloma Rodrigues / Agência USP
A retomada de consciência individual na busca por uma vida mais feliz, com mais tempo para lazer, trabalho e estudo e melhor uso do tempo livre é a proposta do Movimento Devagar, analisado em pesquisa da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Surgido na Europa, nos anos 90 do século passado, o movimento possui um conceito comportamental e não temporal. De acordo com a autora do estudo, a publicitária Marilia Barrichello Naigeborin, trabalho e consumo podem gerar um ciclo vicioso. “Quanto mais você consome, mais você precisa do trabalho. A relação fica extremamente mercantil.”, diz.
“Hoje, por inúmeras razões o tempo livre acaba sendo o tempo do consumo, o que empobrece a vida. Não podemos nos esquecer do tempo para a cultura, a família, as coisas simples da vida que não custam dinheiro”, acrescenta a publicitária. A dissertação foi defendida em 2011, depois de uma viagem de oito meses por diversos países, que deu à Marília a oportunidade de conhecer diferentes culturas e organizações sociais. O orientador da pesquisa foi o diretor da ECA, professor Mauro Wilton de Souza.



O Movimento Devagar tem suas bases no Slow Food (“slow” significa “lento” e “food” significa “comida”), associação internacional sem fins lucrativos criada pelo jornalista Carlo Petrini, na Itália, em 1997. Sua criação é tida como uma reação crítica ao avanço do fast food, ao ritmo frenético dos dias atuais e do desaparecimento das tradições culinárias regionais. O Slow Food inspirou uma série de outros projetos. Em 2005, o jornalista canadense Honoré deu o nome de Movimento Devagar ao con junto de esforços em demonstrar que tudo, ou quase tudo, quando feito devagar traz benefícios ao homem.


O tema contemporâneo se insere no plano das sociedades ávidas pelo consumo, consumo este que nem sempre reflete as necessidades de seus habitantes. “As vezes, você almeja uma vida simples, mas o dinamismo e a pressão do mercado acabam te exigindo outro estilo de vida”, diz Marilia. Segundo ela, o mercado é tão dinâmico que tira das pessoas o tempo necessário para refletir sobre sua realidade. Dessa forma, elas seguem com suas rotinas, sem se darem conta de que não é aquilo que lhes satisfaz. “Poucos conseguem se questionar: eu não mudo porque trabalho demais ou trabalho demais porque não mudo?”.
A filosofia do devagar tem em si uma tensão embutida.“Como ser devagar em um contexto contemporâneo veloz? Obviamente não dá para abrir mão do mundo em que vivemos, por isso precisamos constantemente jogar com isso”, diz. Esse estado transitório, entre o veloz e o devagar, incomoda e é isso que faz a pessoa permanecer consciente daquilo que lhe faz bem e o que não faz.
Tempo
O tempo livre, hoje em dia, incomoda. Depois de um tempo, ele gera angústia. Quando a pessoa se depara com a falta da obrigatoriedade do que fazer, ela fica inquieta e não se sente satisfeita. “Muitas vezes, estamos tão cansados para aproveitar o tempo livre que simplesmente o gastamos na frente da TV”.
Para que o tempo livre seja bem utilizado é preciso se conhecer. “As pessoas anseiam pelas férias, mas quando conseguem, não sabem o que fazer com ela. É preciso materializar o tempo livre, dar um sentido pra ele”, explica Marilia. Essa materialização tem de acontecer segundo o conceito “ócio criativo”, do sociólogo Domenico de Masi, onde lazer, trabalho e estudo se juntam. Essas três áreas favorecem o equilíbrio do ser para que ele possa seguir dialogando entre o veloz e o devagar.


O escape do tempo livre acaba sendo o consumo, porque é uma zona segura. As marcas se aproximam do discurso da vida equilibrada e do mundo com desenvolvimento sustentável. Entretanto, elas apenas repassam esse discurso, mas não desejam verdadeiramente que ele se perpetue. “São propagandas e inciativas bem executadas tecnicamente, mas que podem ser perigosas, pois não são isentas em seu debate. Eu acho que isso deve acontecer no meio acadêmico e nas esferas públicas, não na publicidade”, coloca Marilia.
Aplicação
Segundo a publicitária, ainda é muito difícil dizer se o Movimento Devagar dará certo no Brasil, por ser um país em desenvolvimento. Ela aponta que o movimento é considerado, por muitos, elitista. “Dentro da realidade brasileira ele ainda é mesmo: é muito difícil praticá-lo já que o mercado não incentiva o consumo de produtos orgânicos e que as pessoas trabalhem apenas meio período, por exemplo”, afirma.


Marilia acredita que a ligação entre o tema devagar e o planeta vai ajudar na impulsão do Movimento Devagar. “Para o planeta sobreviver será necessário desacelerar”, explica. Com isso, o Devagar começa a inspirar as pessoas e esse é o segundo passo para que ele vigore no mundo.
E, por fim, partir para políticas públicas: carga horária de trabalho reduzida, licença de trabalho para os pais, produtos orgânicos com preços acessíveis, etc. “A consequência disso será a reconciliação entre o homem e o tempo. Então estaremos finalmente reconectados”, completa.
Namastê.







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quinta-feira, 24 de maio de 2012

PESQUISA MOSTRA QUE MEDITAÇÃO PODE MUDAR A ESTRUTURA DO CÉREBRO
O estudo foi feito na Harvard Medical School, nos EUA

    Oito semanas de meditação são suficientes para alterar a estrutura do cérebro. O estudo da Harvard Medical School, nos EUA, revela que a prática diária da técnica melhora os sintomas de esclerose múltipla à depressão.

     Exames de ressonância magnética foram realizados nas pessoas que fizeram meditação logo após a prática. O resultado foi que a técnica aumentou a massa cinzenta do cérebro, no córtex cingulado posterior. Em outras palavras, isso representa uma melhora em regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e estresse. 



     Foram testados 16 participantes, com idades de 25 a 55 anos. Eles foram submetidos a exercícios de 45 minutos diários. Para os cientistas, a descoberta é positiva, uma vez que a área beneficiada com a meditação é onde tem uma maior concentração de neurônios. A descoberta chegou a conclusão que os neurônios também podem surgir em qualquer fase da vida.

Por Carolina Abranches

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Shakti


              Com a proximidade do  Dia das Mães, ficamos mais abertos aos sentimentos de amor ligado ao nosso lado maternal e ao poder feminino que há dentro de nós. A energia geradora do universo é a energia da Grande Mãe universal.

                A essência feminina e o amor incondicional são expressos pela Deusa Mãe, Shakti.  Ela é o próprio princípio feminino na filosofia indiana, o poder da criação, da criatividade, energia de onde tudo teve origem.  Ela é a energia que sustenta o universo e todos os seres.


                Shakti é a deusa da terra, dos céus, dos subterrâneos, rege o nascimento e a morte, as estações, o ciclo lunar, tudo que vive, que se desenvolve e que transforma. Todas as mães representam a Deusa Shakti, todas têm dentro de si essa energia, que se traduz em amor incondicional. O ato de  gerar, criar e sustentar um filho, em harmonia e com muito carinho, faz com que cada mãe traduza na sua própria vida a energia de Shakti.  Ser mãe não é apenas gerar uma vida em seu ventre, ser mãe é também cuidar, proteger, sustentar, conduzir, dar limites, é carinho, aconchego.  Ser mãe é deixar o amor incondicional fluir em sua vida.



                Por isso celebramos neste domingo o poder da Deusa Shakti  através da nossa homenagem a todas as mães. Entrando em sintonia com o universo feminino temos a oportunidade de acalmar nossa mente e nosso coração, percebendo as alegrias que antes não percebíamos. Ampliamos nossa consciência e nos sentindo mais seguros em todos os momentos da vida.

                A Grande Mãe traduz a calma e a beleza divina, permeando toda nossa vida, bastando apenas entrar em sintonia com esse poder para que ele possa atuar através de nós.

                Desejo a todas as mães, não apenas um dia muitas de alegrias, mas uma vida plena e repleta de significados. Desejo sabedoria interior para que saiba amar através do amor divino, não do nosso amor egoísta.  Desejo muita luz para iluminar suas mentes e corações. E que a Deusa Mãe, Shakti possa nos iluminar com seu amor!

Namastê,

Mariana Confort.


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terça-feira, 8 de maio de 2012

Yoga e o desapego



   Aparigraha é uma palavra em sânscrito que significa não cultivar o sentimento de posse sobre as coisas (e pessoas). Ela representa um dos princípios éticos do yoga.

   O sentimento de posse sobre coisas e pessoas, é uma das causas do sofrimento humano. Ele deriva do egoísmo, do nosso ego inflado. Ele surge quando sentimos que algo nos falta e olhamos para fora, procuramos incessantemente algo que preencha esse vazio. Começamos a desejar um celular novo, uma casa, um carro, um filho, namorado, marido, esposa... Na ânsia de que estes objetos e pessoas nos façam realmente felizes. Mas eles nos causam apenas uma alegria passageira e logo procuramos um novo objeto de desejo. Tudo que “conquistamos” passa a ser uma extensão da nossa personalidade, e nosso mundo passa a girar ao redor das coisas que temos. Quando perdemos algo ou alguma pessoa, o nosso mundo desaba, entramos em depressão.


   Isto acontece porque estamos o tempo inteiro olhando para fora e nos esquecemos de olhar para dentro. Quando paramos a analisamos o que causa esse vazio, percebemos que as coisas externas não podem completar o vazio interno. Todos os objetos e pessoas passam. Os objetos existem para terem alguma utilidade e algum dia perdem essa utilidade, se degradam.  As pessoas, por mais queridas que sejam, um dia vão embora. O nosso corpo algum dia irá se deteriorar, será que é inteligente cultua-lo? Não seria mais nobre cuidar dele como uma ferramenta para a vida?


   O vazio interno que gera essa ânsia de ter cada vez mais coisas e a se identificar com elas, só pode ser preenchido por você mesmo. Olhando para dentro, mergulhando na sua alma e entendendo o que te faz fugir de ficar em silêncio com você mesmo. Quando se aprende a ficar em silêncio, a meditar sobre o te faz infeliz e o que te faz feliz, e a entender que realmente gera essa ansiedade de ter as coisas e mantê-las por perto, em “segurança”, inicia-se o caminho da verdadeira liberdade. O caminho da felicidade e do amor. Aprendendo a valorizar aquilo que realmente importa, que é o momento presente, o agora. Sem colocar sua felicidade condicionada a objetos ou pessoas. 

Descubra sua alegria interna e seja feliz!

Namastê,
Mariana Confort.

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